terça-feira, 21 de junho de 2016

Desafio ao Ide de Jesus

"Desafio ao Ide de Jesus."
Maio e Junho de 2016
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações”
Mateus 28:19
Consideração InicialJá ouvi pregações, li textos e assisti aulas sobre o ide, em que lecionam que o mais correto na tradução para o português seria dizer indo. Entretanto, em que o saber qual o melhor entendimento do tempo verbal nos ajuda na realização da ordem expressa de Jesus: Fazei discípulos? Se não existir em nosso coração o desejo ardente para a realização desse imperativo bíblico, nada faremos. Lembrando que o PNM – Plano Nacional Missionário, aprovado no 19º Concílio Geral da Igreja Metodista determina como Tema Principal, para nossa inspiração, o seguinte: DISCÍPULOS E DISCÍPULAS NOS CAMINHOS DA MISSÃO e no seu detalhamento, para o biênio de 2012-2013: CUMPREM O MANDATO MISSIONÁRIO DE JESUS; para 2014-2015: FORMAM UMA COMUNIDADE DE FÉ, COMUNHÃO E SERVIÇO; para 2015-2016: PRODUZEM FRUTOS DE UMA VIDA SANTIFICADA (p. 64), trata-se de incentivo ao povo metodista para a continuidade da missão. O PNM demonstra que existe o clamor e o ardor pela expansão missionária cristã, através de nossa Igreja.
Missão não acontece por Decreto EpiscopalEu acredito que o Colégio Episcopal, bem como o Concílio Geral, entende que o povo metodista quer e deseja realizar a missão, conforme determinada por Jesus Cristo (confira as diversas comissões deixadas nos Evangelhos: Mateus 28:19-20; Marcos 16:15-18; Lucas 24:46-47; João 20:21-22). Creia-me, meu amado irmão e irmã, tanto no ide como no indo a missão deve ser realizada com paixão e isto deve ser expresso em ações reais e visíveis pelas diversas Igrejas Locais, no território brasileiro, através de pastores/as e de leigos/as envolvidos/as nos diversos ministérios da igreja. Ações como as que já acontecem em várias Igrejas Locais. Sei que a missão não se realiza através de decretos episcopais ou na determinação expressa pelo Concílio Geral e sim no compromisso, na dedicação e no envolvimento pessoal de cada um/a de nós que ama a missão de Deus.
Missão se realiza como Ato de AmorA missão não deve ser vista e nem entendida como peso, mas como ato de amor (João 21:15-17). Amor para com Deus e também para com os homens e mulheres (1ª João 4:20,21), principalmente para com aqueles/as que se encontram perdidos/as, necessitados/as, sem esperança e carecem de serem encontrados/as pela graça do Evangelho (Marcos 2:15-17). Nós temos uma mensagem de esperança e de salvação através do Evangelho de Cristo e devemos anunciá-la com força e com vigor (2ª Coríntios 3:4-12).
Missão à wesleyanaComo aprendemos no ensino básico da fé cristã ao modo wesleyano de pensar, é dever do cristão levar a homens e mulheres o anúncio da esperança em Cristo com o fim de sua salvação*. Quando realizamos essa tarefa com prazer e alegria, mostramos ao Senhor o nosso amor por Ele e por sua missão.Como exemplo, cito a finalização de um de seus sermões, O Grande Tribunal: “ Que vos entregueis agora àquele que se deu a si mesmo por vós, em fé humilde, em santo, ativo e paciente amor! Assim vos regozijareis em excessivo gozo naquele dia, quando Ele vier com poder nas nuvens do céu! ” (Sermões de Wesley – Vol. 1, p. 316).
Desejo PastoralOuvi de um pastor amigo: “Qual o pastor/a ou pregador/a que não gostaria de ver, ao término de sua pregação, ao fazer um apelo de conversão, o altar cheio de pessoas rendidas ao Senhor?” É bem por aí! Será que existe cristãos/ãs que não têm prazer em ver pessoas sendo salvas? Recuso-me a acreditar que eles/as existam. Insisto em afirmar que segundo a convicção wesleyana, somos chamados/as para conduzir pessoas à salvação. Logo, a missão deve ser como fogo ardente em nosso peito (Jeremias 20.9; 1ªCoríntios 9:16). Oro para sermos incomodados/as constantemente pelo Espírito Santo até que estejamos todos/as envolvidos/as no projeto de salvação da humanidade.
Nem todas as pessoas serão salvasNão ignoro que nem todas as pessoas serão salvas, mas acredito que todas elas devem ouvir sobre o Evangelho e serem desafiadas para uma nova vida em Cristo. Neste sentido, a Igreja pode tornar-se devedora ao seu Cristo. Será devedora quando havendo oportunidade negar-se à voz profética, ao anúncio do amor de Deus, à cura das feridas emocionais através da oração e do acolhimento comunitário, ou seja, quando negar-se a cumprir o ensino cristão (Mateus 25:34-40). A igreja realiza a missão, conforme comissionada por Cristo, colhendo frutos do seu trabalho e apesar dos frutos colhidos e de outros perdidos, jamais desiste da realização de sua tarefa de ganhar almas para o Reino de Deus.
Consideração FinalAo compartilhar com vocês o desejo que tenho de ver todos os nossos irmãos envolvidos e todas as nossas irmãs envolvidas com o Reino de Deus e com a Sua missão, afirmo que muitos de nossos membros se encontram envolvidos na Missão de Deus, mas é notório também que outro tanto ainda não se envolveu e isso faz com que muitos homens e muitas mulheres pereçam sem ter oportunidade de conversão ao Deus da Vida. Como disse, não é através de decretos episcopais ou determinações conciliares que realizaremos a missão e sim com engajamento, paixão e muito amor às coisas de Deus, do seu Reino e também pela humanidade, pois é através do cumprimento do imperativo de Jesus Cristo: Ide e fazei discípulos/as, que a Igreja estará plenamente no propósito da salvação do mundo.
O desafio é para o engajamento de todos/as os/as cristãos/ãs na missão de Deus e no seu propósito salvífico. Deus conta com você!
Bibliografia:1 - Bíblia On Line;2 – O Diário de John Wesley – Pai do Metodismo. Tradução de Izilda Peixoto Bella. Arte Editorial 2009;3 – Plano Nacional Missionário 2012-2016 – Igreja Metodista;4 – Sermões de John Wesley – CD produzido pela FATEO – Faculdade de Teologia da IM;5 – Sermões de Wesley – Volume 1 – Imprensa Metodista.
* Deduções que podem ser tiradas a partir da leitura do Diário de John Wesley, dos seus sermões e também, do Art. 3º. Da Constituição da Igreja Metodista.
José Carlos Peres

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Páscoa Marca do Amor de Deus

Compartilhei este prédica com os/as pastores/as da 3RE, no dia 03 de abril, no dia do Encontro Regional de Pastores/as. Agora compartilho com vocês estes pensamentos que Deus colocou em meu coração. Feliz Páscoa a todos/as.

Texto: João 3:14-16 (NVI)

14 Da mesma forma como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crer tenha a vida eterna. 16 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Introdução:

Diversos sermões e artigos já foram publicados sobre a Páscoa, nós mesmos, como pastores/as, já pregamos e lemos muito sobre isso. Portanto, acredito que nenhuma novidade há que se possa apresentar para vocês, mas eu acredito no poder renovador da mensagem do Evangelho e é nessa expectativa que falo a vocês no dia de hoje. Que Deus possa nos renovar em seu amor.
Contextualização

Estes três versículos se encontram em uma explicação que Jesus dá sobre o novo nascimento. Ele está esclarecendo a Nicodemus sobre o tema e no esclarecimento deixa claro que para nascer de novo o caminho é passar por Ele (Jesus). Dá pistas do que lhe aconteceria em tempo oportuno, seria levantado em uma cruz (14) para salvação de todo o que nele crer (15). Deixa claro também que essa obra é fruto do amor do Pai para com a humanidade (16).
Propósito de vida

Creio que no período de Páscoa é tempo de reflexão e de reafirmar nossa fé, pois ao nos fazermos cristãos/ãs, ao nos colocarmos como seguidores/as de Jesus, ao assumirmos a vida cristã como nosso estilo de vida e desde o momento em que declaramos que Jesus Cristo é o nosso Senhor, estamos comprometidos com Ele e com o seu Evangelho e pesa sobre nós o testemunho da fé e a fidelidade aos princípios da Sua Palavra.
Marca do amor de Deus

Como entendo que Páscoa é marca do amor de Deus para conosco, quero deixar como destaque que é através do amor que podemos impactar o mundo com a história de Cristo. Lembrando que discípulo/a é aquele/a que segue os caminhos do mestre, então o caminho que temos a seguir é o caminho do amor: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15.13)
O amor deve ser nossa marca

Não seremos conhecidos/as como cristãos/ãs pela quantidade de conhecimento que adquirimos, pelos graus e títulos acadêmicos que conquistamos, pelos belos sermões que construimos e pregamos, pela nossa aparência impecável ou pelos méritos dos esforços desprendidos em ação social. Mas, seremos conhecidos com o amor com o qual nos amarmos: " 34 Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35 Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (João 13:34-35).

Consideração Final
Que este período de Páscoa possa encher o nosso coração de esperança de que tudo vai melhorar, ainda que a núvens possam ser densas e acizentadas e a luz nos horizontes da vida não estejam aparecendo. Que a esperança no Cristo ressusreto traga a luz para nosso caminho e para nossas ações, cobrindo tudo com o Seu amor e com a Sua graça. 

domingo, 25 de março de 2012

Olá!

Depois de muito tempo, em função de estar atarefado, não tenho atualizado ao meu blog. Hoje, ao dar uma olhada nas estatísticas do blog, notei que muitos irmãos e irmãs tem passado por aqui para dar uma olhada e certamente, não encontrou nada de novo. Resolvi que vou atualizar, pelo menos, uma vez por semana, a fim de compartilhar com os irmãos, como fazia anteriormente.

Um abraço a todos/as

Bispo Peres

sexta-feira, 3 de junho de 2011

A UNÇÃO NOS FAZ FORTES

Uma palavra de incentivo
Domingo, quando terminei de pregar este sermão, um dos amados irmãos da Igreja me disse: Pastor este sermão precisa ser divulgado. Pensei bastante sobre isso, apesar de, vez ou outra, postar no blog um deles. Este, eu estou postando para atender ao pedido deste irmão. Espero que o sermão edifique a sua vida assim como edificou a minha quando o estava preparando.
Consideração inicial
Como vimos na semana passada, a Unção é que faz a Diferença em nossa vida. A mesma unção que é dada por Deus e permanece em nós pelo Espírito Santo, traz força para desenvolvermos o ministério que nos foi dado. Podemos ver isso na vida de Davi, bem como na vida de outros homens de Deus como Daniel, Elias e outros. Com a unção do Senhor sobre sua vida, com certeza, você também se tornará forte.
Textos:
1Sm 16.13 – “Então Samuel tomou o vaso de azeite, e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Depois Samuel se levantou, e foi para Ramá”.
1Sm 16.18 – “Respondeu um dos mancebos: Eis que tenho visto um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e destemido, homem de guerra, sisudo em palavras, e de gentil aspecto; e o Senhor é com ele”.
Introdução:
Já vimos e entendemos que é pelo Espírito do Senhor que Davi se tornou no homem e no Rei que foi. Vimos também como alguém que estava esquecido no campo, cuidando de ovelhas veio a se tornar o homem segundo o coração de Deus. Hoje, veremos uma segunda característica que se acentuou em Davi depois da unção que recebeu.
Ele é forte. Foi realçando esta característica de Davi que um dos homens do Rei Saul fez sua apresentação.
O que significa ser forte?
Ele é forte
O entendimento que se tem nesta afirmação é que se trata de alguém que foi fortalecido pela graça de Deus com o intuito de vencer. Podemos definir Davi como um homem vencedor. Basta ver de onde saiu e para onde Deus o conduziu.
Muitos de nós, fomos fortalecidos por Deus para vencer, olhe de onde você saiu e para onde Deus o está levando! Quantos não nasceram em famílias muito pobres, passaram por dificuldades, caminharam com os pés descalço e hoje são bem sucedidos? Quando vamos conquistando nossas vitórias muitas vezes o inimigo tenta nos confundir fazendo com que pensemos que somos vitoriosos por nossa força ou porque somos bons mesmo. Quem estiver com pensamentos parecidos com este aconselho que leiam Dt 8.10-17 e aprendam com esta leitura. Entretanto, a nossa vitória somente foi possível pela unção de Deus sobre nossa vida. Então o louvor e a honra devem ser dados a Ele.
Você que se sente fraco porque foi vencido e dominado pelo pecado, mesmo sabendo que a Palavra de Deus ensina que o pecado não tem domínio sobre aquele que foi alcançado pela graça de Deus (Rm 6.14), está precisando receber a Unção que pode fazê-lo forte.
A razão de muitos estarem afastados dos caminhos de Deus, que gostam de questionar a Sua Palavra e que não adotam os princípios divinos em suas vidas, é porque lhes falta a unção do Espírito e também precisam recebê-la.
Pedro (Mt 26.75), Tiago, João (Lc 9.54) e Paulo (Gl 1.23) são exemplos homens que se deixaram fortalecer pela unção que receberam e nós também devemos nos fortalecer pela unção que recebemos. Chega de ficar pensando a nosso respeito aquém do que convém. Rm 12.13 nos ensina que não devemos pensar de nós além do que convém, mas não podemos pensar aquém do que convém, pois tanto uma com a outra forma de pensar não faz bem, pois uma supervaloriza e a outra subestima. Acho que ambas as formas de pensar é pecado. Mas, somos vencedores sobre o pecado porque ele não domina sobre nós.
A unção o faz forte para que você seja livre
Jz 15.14 - E, vindo ele a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro, jubilando; porém o Espírito do SENHOR poderosamente se apossou dele, e as cordas que ele tinha nos braços se tornaram como fios de linho que se queimaram no fogo, e as suas amarraduras se desfizeram das suas mãos.
Como o texto nos mostra, a unção vem sobre nossa vida para nos tornar pessoas livres. Ela não nos deixa prisioneiros do inimigo, dá-nos força para quebrarmos as amarras que tenta nos prender. Entendo que do mesmo modo que a Unção deu poder a Sansão para se libertar o mesmo ocorrerá conosco, teremos poder de Deus para nos libertar de toda e qualquer amarra que o diabo quiser colocar em nossa vida. Você, pela unção de Deus, tornar-se-á forte para vencer o inimigo e as provações.
Caso o seu ministério também esteja amarrado, preso por grilhões, em nome de Jesus Cristo, nesta noite, a força de Deus, pelo Espírito que unge e fortalece, há de trazer a libertação sobre o seu ministério. Hoje, que não seja outra coisa senão a vitória que o Senhor lhe conceda. Tome posse pela fé, dessa palavra, meu irmão. Deus o faz forte para mantê-lo livre. Acredite, você não foi chamado para ser fraco e debilitado, sem força e sem vigor, Deus o chamou para ser forte nele.
Diga como o apóstolo Paulo:
“Posso todas as coisas, naquele que me fortalece” – Fl 4.13;
“Que segundo as riquezas de sua glória, me conceda que seja robustecido com poder pelo seu
Espírito no homem interior” – Ef 3.16;
Você é forte para realizar proezas em nome de Deus
Dn 11.32b ... mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”.
Amados, a coisa mais triste para o pastor é quando a Igreja é desafiada para a leitura da Palavra, para a oração e para o jejum e povo diz que não pode. Esquece-se que são estas atitudes trazem sobre nós a unção de Deus, pois demonstram que somos interessados nas coisas do Reino.
Quando abrimos mãos delas somos destinados ao fracasso e tenho para mim que essa é a razão de muitos caminharem desanimados, fracassados, sem vigor e vivendo na base da oração dos outros por sua vida.
Pessoas que não se fortalecem em Deus, quando cai, vem com aquela desculpinha que a maioria dos crentes gosta: “sabe como é... a carne é fraca”. Porém, não é a carne que se encontra fraca e sim o espírito, pois a vida espiritual está fracassada também.
Todos sabemos que a carne é alimentada pelo pecado e pela fraqueza, assim a Bíblia ensina:
Mc 14.38 – Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Rm 8.3 – Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne.
Entretanto, o espírito é que deve ser fortalecido para controlar os desejos da carne:
2Co 3.6 – O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
Jo 6.63 – O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida.
Então, meus irmãos, como aprendemos com Daniel, sejamos um povo forte e destemido. O senhor é conosco. Somente quem não conhece o seu Deus é que anda em fraqueza.
Pela graça de Deus é que somos fortalecidos
Paulo se sentia fraco por aquilo que ele chama de espinho que lhe fora colocado na carne. Depois de orar por três vezes sobre isso ao Senhor, ele obteve a resposta que se encontra em 2Co 12.9-10 cuja a essência é: “a minha graça te basta”. Deus nos fortalece em nossas fraquezas.
Foi deste modo que o fraco Davi, pela graça de Deus, fortalecido pelo poder do Espírito Santo, venceu o gigante Golias. Meu amado irmão, você também será fortalecido por Deus para vencer os gigantes que se apresentam em sua vida. O Senhor é a sua força.
Nos momentos de angústia e de tristeza, quando a coisa parecia sem saída, quando os horizontes da vida estavam cinzentos, Davi se fortalecia em Deus. O Livro de Samuel relata um incidente na Cidade de Ziclague que fora saqueada e queimada pelos amalequitas, Davi ficou angustiado e o povo falava em apedrejá-lo, entretanto, ele se refugia e se fortalece em Deus (1Sm 30.6).
É no Senhor e por sua unção que somos fortalecidos.
Apelo
Quero convidar você para o altar. Aqui no altar você deixará a sua fraqueza nas mãos do Senhor e levará sobre si a sua graça e a unção que lhe fará forte para derrotar gigantes. Quem o guiará será o Senhor e não as circunstâncias da vida. Deus é contigo e o faz forte.
Rev. JC Peres

quinta-feira, 26 de maio de 2011

PRONUNCIAMENTO DAS IGREJAS DE TRADIÇÃO WESLEYANA NO DIA 21 DE MAIO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

“UNIDOS PELA VIDA”

João Wesley, com seu irmão Carlos Wesley e um grupo de pessoas cristãs , revolucionou o pensamento e a prática cristã na Inglaterra no século XVIII

No contexto de um caos religioso, moral, social, econômico, no princípio da industrialização, a partir de uma vital experiência religiosa ocorrida em 24 de maio de1738, surge um “movimento denominado wesleyano” do qual de sua vertente fluem vários grupos denominacionais cristãos, totalizando hoje no mundo o montante de 100.000.000 de fiéis mais seus familiares e seguidores.

Hoje, aqui, estamos com um contingente da Família Wesleyana em momento celebrativo representando as Igrejas Exército de Salvação, Holiness, Metodista, Metodista Livre, Metodista Wesleyana, Igreja do Nazareno , bem como outros segmentos da tradição wesleyana expressando a nossa gratidão a Deus pela visão e estilo de vida surgidas a partir do movimento no século XVIII e as dimensões espirituais, éticas, morais, sociais que ele nos delegou.

A Vocação divina concedida ao Movimento Wesleyano se fundamenta na Graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, sob a dinâmica do Espírito Santo contempla a vitalidade de uma espiritualidade profunda de comunhão com Cristo, através de “uma experiência espiritual pessoal” progressiva, contínua guiando-nos ao caminho da “perfeição cristã”, também chamado de “santificação”.

Não é uma visão aparentemente “intimista”, mas tem os seus reflexos pessoal, familiar, social em todos os seus aspectos. Wesley pregou aos “mineiros”, nas prisões, lutou contra a escravidão, à marginalização da mulher, abriu espaços educacionais a uma multidão de crianças abandonas, dando uma dimensão de “piedade” e de “atos de misericórdia” junto da Comunidade.

São muitos os testemunhos históricos que afirmam que “esse movimento” livrou a Inglaterra de uma revolução sangrenta, proporcionando uma profunda reforma na vida da nação.

Cremos em nossa Vocação Cristã numa ação missionária que atinge a vida humana em seus vários segmentos, em particular numa responsabilidade cívica e social.

Nessa perspectiva, reafirmamos nesta Casa Legislativa o nosso compromisso com a vida manifesta em Cristo Jesus em termos de justiça, paz, reconciliação e integridade da criação.

Igualmente, assumimos o compromisso enquanto família wesleyana, em terras brasileiras, de continuar a exercer o ministério profético, de anúncio e edificação dos sinais do Reino de Deus e de denúncia e erradicação de tudo quanto gera injustiça e morte.

Fiéis à direção do Espírito Santo, sentimos que Ele nos leva ao compromisso de anunciar o Evangelho em sua plenitude, a lutar contra a injustiça sendo solidários com os pobres, oprimidos, marginalizados e discriminados pela presente ordem política, econômica, social, moral, ética e espiritual.

Dessa forma, comprometemo-nos a deixar que Deus nos use, como família cristã e wesleyana visando cumprir a nossa vocação histórica que é: “reformar a nação, particularmente a Igreja, e espalhar a santidade bíblica sobre toda a terra” (João Wesley).

a. Respeito à liberdade de expressão e ser e à separação entre o Estado e a Igreja, não significando com isso ausência de diálogo e de uma ação profética a favor dos valores maiores do Reino de Deus fincados no amor, na reconciliação, na presença da Justiça, da ética, da paz, do respeito humano, da solidariedade e do respeito.
b. Nossa preocupação com a tramitação no Senado Federal da PL 122/2006 (Projeto de Lei número 5003/2001), que criminaliza toda e qualquer manifestação contrária a orientação sexual da homossexualidade.Compreendemos que a PL fere à Constituição Brasileira que sublinha no caput do Art. 5o: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” , bem como, desrespeita a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que no Art. 18 afirma “que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião”, e no Art. 19o complementa: “que toda a pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão, o que inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios independente de fronteiras. O PL favorece uma minoria em detrimento da grande maioria do povo brasileiro.
c. A falta de uma ação mais efetiva que venha preservar o “meio ambiente”, expressando cuidado para com ele através da formação educativa de nossas crianças e jovens e de ações e leis que defendam os “mananciais”, as matas e florestas, os rios, as montanhas e tudo o mais que venha a desequilibrar o harmonia da Criação.
d. Uma ação efetiva contra todas as formas de violência presentes no tecido social afetando pessoas, famílias grupos sociais os mais diversos. Nesse sentido, nos postamos a favor do desarmamento, tão necessário em nosso país.
e. A cultura de uma ação cidadã responsável, através de uma educação cívica fundada em valores universais básicos para o respeito, o direito e a justiça sociais.
f. Preocupação e busca de ação concreta contra a presença do “álcool, da droga, da liberação do sexo irresponsável”, que traz como consequência a deteriorização da Pátria e de seus cidadãos.
g. A contraposição aos valores da Pós-modernidade, tais como o “individualismo”, o ”egocentrismo”, a “busca do prazer”, o “domínio da força”, o apogeu do nome, da autoridade, da posição, da busca do poder, do domínio a todo o custo, com os valores do Evangelho do Reino e da Ética Universal, respeitada por todos os que militam no caminho da Justiça e da Paz.
h. Preocupa-nos uma “política” que estimula o “consumismo” sob todas as formas como um meio de desenvolvimento econômico, levando uma multidão de concidadãos à dívidas impagáveis, em especial pela cobrança indevida de altos juros nas transações efetuadas.
i. Não concordamos com os “meios” que tendo em vista os “fins” a serem atingidos são usados de forma indevida e de forma contraditória em qualquer nível e área do viver, da vida nacional ou Internacional.
Fazemos este pronunciamento com respeito e consideração, orando ao Senhor a favordas nossas autoridades constituídas aqui, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, bem como pela presidência da República, Congresso Nacional e demais autoridades nacionais.

Expressamos o nosso respeito e colocando-nos à disposição através de nossas Igrejas aqui representadas para colaborar em favor de uma sociedade melhor para todos.

São Paulo, 21 de maio de 2011.

Adriel de Souza Maia, Bispo-Presidente 3a.Região –Igreja Metodista.
Andreson Caleb – Bispo-Presidente 3a. Região – Igreja Metodista Wesleyana,
Eduardo Godoy- Pastor – Igreja Evangélica Holiness do Brasil
José Ildo Melo – Bispo-Presidente da Igreja Metodista Livre.
Oscar Saches – Comissário Exército da Salvação.
L. Aguiar Valvassoura - Pastor-Presidente da Igreja do Nazareno.