quinta-feira, 26 de maio de 2011

PRONUNCIAMENTO DAS IGREJAS DE TRADIÇÃO WESLEYANA NO DIA 21 DE MAIO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO

“UNIDOS PELA VIDA”

João Wesley, com seu irmão Carlos Wesley e um grupo de pessoas cristãs , revolucionou o pensamento e a prática cristã na Inglaterra no século XVIII

No contexto de um caos religioso, moral, social, econômico, no princípio da industrialização, a partir de uma vital experiência religiosa ocorrida em 24 de maio de1738, surge um “movimento denominado wesleyano” do qual de sua vertente fluem vários grupos denominacionais cristãos, totalizando hoje no mundo o montante de 100.000.000 de fiéis mais seus familiares e seguidores.

Hoje, aqui, estamos com um contingente da Família Wesleyana em momento celebrativo representando as Igrejas Exército de Salvação, Holiness, Metodista, Metodista Livre, Metodista Wesleyana, Igreja do Nazareno , bem como outros segmentos da tradição wesleyana expressando a nossa gratidão a Deus pela visão e estilo de vida surgidas a partir do movimento no século XVIII e as dimensões espirituais, éticas, morais, sociais que ele nos delegou.

A Vocação divina concedida ao Movimento Wesleyano se fundamenta na Graça de Deus, revelada em Jesus Cristo, sob a dinâmica do Espírito Santo contempla a vitalidade de uma espiritualidade profunda de comunhão com Cristo, através de “uma experiência espiritual pessoal” progressiva, contínua guiando-nos ao caminho da “perfeição cristã”, também chamado de “santificação”.

Não é uma visão aparentemente “intimista”, mas tem os seus reflexos pessoal, familiar, social em todos os seus aspectos. Wesley pregou aos “mineiros”, nas prisões, lutou contra a escravidão, à marginalização da mulher, abriu espaços educacionais a uma multidão de crianças abandonas, dando uma dimensão de “piedade” e de “atos de misericórdia” junto da Comunidade.

São muitos os testemunhos históricos que afirmam que “esse movimento” livrou a Inglaterra de uma revolução sangrenta, proporcionando uma profunda reforma na vida da nação.

Cremos em nossa Vocação Cristã numa ação missionária que atinge a vida humana em seus vários segmentos, em particular numa responsabilidade cívica e social.

Nessa perspectiva, reafirmamos nesta Casa Legislativa o nosso compromisso com a vida manifesta em Cristo Jesus em termos de justiça, paz, reconciliação e integridade da criação.

Igualmente, assumimos o compromisso enquanto família wesleyana, em terras brasileiras, de continuar a exercer o ministério profético, de anúncio e edificação dos sinais do Reino de Deus e de denúncia e erradicação de tudo quanto gera injustiça e morte.

Fiéis à direção do Espírito Santo, sentimos que Ele nos leva ao compromisso de anunciar o Evangelho em sua plenitude, a lutar contra a injustiça sendo solidários com os pobres, oprimidos, marginalizados e discriminados pela presente ordem política, econômica, social, moral, ética e espiritual.

Dessa forma, comprometemo-nos a deixar que Deus nos use, como família cristã e wesleyana visando cumprir a nossa vocação histórica que é: “reformar a nação, particularmente a Igreja, e espalhar a santidade bíblica sobre toda a terra” (João Wesley).

a. Respeito à liberdade de expressão e ser e à separação entre o Estado e a Igreja, não significando com isso ausência de diálogo e de uma ação profética a favor dos valores maiores do Reino de Deus fincados no amor, na reconciliação, na presença da Justiça, da ética, da paz, do respeito humano, da solidariedade e do respeito.
b. Nossa preocupação com a tramitação no Senado Federal da PL 122/2006 (Projeto de Lei número 5003/2001), que criminaliza toda e qualquer manifestação contrária a orientação sexual da homossexualidade.Compreendemos que a PL fere à Constituição Brasileira que sublinha no caput do Art. 5o: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” , bem como, desrespeita a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que no Art. 18 afirma “que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião”, e no Art. 19o complementa: “que toda a pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão, o que inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios independente de fronteiras. O PL favorece uma minoria em detrimento da grande maioria do povo brasileiro.
c. A falta de uma ação mais efetiva que venha preservar o “meio ambiente”, expressando cuidado para com ele através da formação educativa de nossas crianças e jovens e de ações e leis que defendam os “mananciais”, as matas e florestas, os rios, as montanhas e tudo o mais que venha a desequilibrar o harmonia da Criação.
d. Uma ação efetiva contra todas as formas de violência presentes no tecido social afetando pessoas, famílias grupos sociais os mais diversos. Nesse sentido, nos postamos a favor do desarmamento, tão necessário em nosso país.
e. A cultura de uma ação cidadã responsável, através de uma educação cívica fundada em valores universais básicos para o respeito, o direito e a justiça sociais.
f. Preocupação e busca de ação concreta contra a presença do “álcool, da droga, da liberação do sexo irresponsável”, que traz como consequência a deteriorização da Pátria e de seus cidadãos.
g. A contraposição aos valores da Pós-modernidade, tais como o “individualismo”, o ”egocentrismo”, a “busca do prazer”, o “domínio da força”, o apogeu do nome, da autoridade, da posição, da busca do poder, do domínio a todo o custo, com os valores do Evangelho do Reino e da Ética Universal, respeitada por todos os que militam no caminho da Justiça e da Paz.
h. Preocupa-nos uma “política” que estimula o “consumismo” sob todas as formas como um meio de desenvolvimento econômico, levando uma multidão de concidadãos à dívidas impagáveis, em especial pela cobrança indevida de altos juros nas transações efetuadas.
i. Não concordamos com os “meios” que tendo em vista os “fins” a serem atingidos são usados de forma indevida e de forma contraditória em qualquer nível e área do viver, da vida nacional ou Internacional.
Fazemos este pronunciamento com respeito e consideração, orando ao Senhor a favordas nossas autoridades constituídas aqui, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, bem como pela presidência da República, Congresso Nacional e demais autoridades nacionais.

Expressamos o nosso respeito e colocando-nos à disposição através de nossas Igrejas aqui representadas para colaborar em favor de uma sociedade melhor para todos.

São Paulo, 21 de maio de 2011.

Adriel de Souza Maia, Bispo-Presidente 3a.Região –Igreja Metodista.
Andreson Caleb – Bispo-Presidente 3a. Região – Igreja Metodista Wesleyana,
Eduardo Godoy- Pastor – Igreja Evangélica Holiness do Brasil
José Ildo Melo – Bispo-Presidente da Igreja Metodista Livre.
Oscar Saches – Comissário Exército da Salvação.
L. Aguiar Valvassoura - Pastor-Presidente da Igreja do Nazareno.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Sermão de Casamento do Meu Filho

Consideração inicial

Eu acredito que todos os casais quando se unem em matrimônio o fazem para serem felizes. Com vocês não é diferente. Muitos pensam que o enlace do matrimônio é o ápice em um relacionamento, entretanto ele é o início de tudo. Ele põe fim ao tempo do vamos ver se temos coisas em comum, se temos possibilidades de nos entendermos etc., para dar início a uma vida a dois. Vida que se inicia com o sonho e a esperança de harmonia, paz e alegria no lar.

É com esta intenção que vieram ao altar do Senhor para buscar a Sua bênção para este início de caminhada conjugal. Entretanto, além da bênção do Senhor há uma parte que cabe a vocês, vejamos:

Texto 1:

Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? – Amós 3.3

A pergunta Bíblica nos faz chegar a uma única conclusão: Não. Então, hoje, diante das suas testemunhas e da comunidade cristã que aqui se reúnem, vocês estarão fazendo um acordo, um pacto, um testamento ou simplesmente, uma aliança. Estabelecida pelos votos, conforme o ritual da Igreja, ainda assim, faz-se necessário lembrar duas coisas muito importantes que devem compor a aliança de vocês.

Texto 2:

Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher respeite o marido – Ef 5.33

Amor e respeito devem compor os termos de sua aliança e permear as ações diárias na vida de vocês. Se o marido faltar com o amor a mulher faltará com o respeito. Por isso:

Endric, ame sempre e de modo incondicional que é o tipo de amor mais sublime que existe na terra, pense assim: A Nathaly merecendo ou não, eu vou amá-la em todo o tempo.

Nathaly, respeite sempre e também de modo incondicional, pense: O Endric merecendo ou não, eu vou respeitá-lo em todo o tempo.

De forma incondicional é como se estivéssemos fazendo a Deus, como forma de adoração.

Consideração final

Vocês estão se unindo para serem felizes e sabem que precisam cumprir os termos da aliança propostos nos votos do ritual e temperando esta aliança com amor e respeito. Esta é a parte de vocês. A de Deus é abençoá-los de modo a conquistarem harmonia, paz e alegria no lar.

Agora quero deixar como pai a minha palavra:

Endric e Nathaly,

Preparei o meu coração para o dia de hoje. É emoção pura. Acho que até vou chorar (e não é para dar um climinha) é que desde agora sinto que o meu menininho já era, já virou um homenzarrão, honrado e nota 10.

Filho que bênção ser seu pai. Que presente Deus me proporcionou quando você nasceu!

Chegou a hora em que você vai construir sua família e minha oração é para que também no seu lar você supere em tudo o meu. Aliás, você bateu todos os meus recordes: é mais inteligente, é mais bonito, é mais charmoso, é mais alto e com toca certeza, saberá, debaixo da bênção de Deus, construir um lar muito feliz.

Apesar da falta que sentirei de você, por perder o companheiro de futebol nas tardes de domingo e serão raras as vezes em que poderei ver a sua alegria ao chegar em casa e, como eu disse à Michelle, passar pelo corredor e ver o quarto vazio, eu o abençôo, em nome de Jesus, para que a construção de um lar feliz se realize dia após dia.

Nathaly, que alegria poder tê-la como nora. Creio que Deus quando viu o Endric e ouviu nossas orações. Ele pensou:

“É melhor eu caprichar naquela que será a mulher do Endric. Vou fazer alguém que seja bela e que não seja arrogante, farei alguém que seja inteligente e que não seja chata. Farei alguém que seja firme em suas decisões e que não saiba prejudicar ninguém, vou fazer alguém que seja formidável e que não perca a meiguice.”

Aí você nasceu, quando o Endric tinha quatro aninhos e no seu crescimento e no ele, Deus foi acrescentando a ambos: simpatia, alegria, sonhos, esperanças e muita vida. Foi preparando também o dia em que vocês se conheceriam e se apaixonariam para que o Seu projeto fosse realizado: Um lar abençoado e feliz para o Endric e a Nathaly.

Eu também, em nome de Jesus, a abençôo para que construa um lar feliz ao lado do meu amado filho.

Um beijo grande para vocês

Rev. JC Peres
SP 07/05/2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SER CRISTÃO

O que, realmente, faz-nos cristãos? Seria somente o pronunciar que Jesus Cristo é o nosso Senhor e Salvador, através de uma demonstração cognitiva sobre a fé cristã. Saber sobre Deus e acreditar que Ele existe e até mesmo pronunciar que Ele é Senhor e Salvador, não nos credencia à salvação, pois a Bíblia nos ensina que os demônios têm esse tipo de comportamento: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem; os demônios também o crêem, e estremecem – Tg 2.19”. Nem por isso eles são salvos, antes são criaturas condenadas para as quais não há salvação.

REAÇÕES DOS DEMÔNIOS DIANTE DE CRISTO

Os demônios apresentam ainda outras atitudes que deixam muitos crentes boquiabertos, vejamos:

1. Obedecem à voz de Jesus

“E todos se maravilharam a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Uma nova doutrina com autoridade! Pois ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!” – Mc 1.27

“E veio espanto sobre todos, e falavam entre si, perguntando uns aos outros: Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos espíritos imundos, e eles saem?” – Lc 4.36

2. Adoram a Jesus

“Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o; e clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes.” – Mc 5.6,7

“Quando ele viu a Jesus, gritou, prostrou-se diante dele, e com grande voz, exclamou: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes.” – Lc 8.28

3. São sujeitos à vontade do Senhor

Leia também Mc 5.8-13.

Estas três colocações são suficientes para corarem de vergonha, muitos dos que se dizem cristãos e, no entanto, são conhecidos por não obedecerem a Deus, por não O adorarem e muito menos por se sujeitarem a Ele.

SER CRISTÃO É TER FÉ QUE GERA SALVAÇÃO

João Wesley diz que os demônios têm fé, porém não uma fé que gera salvação (Sermão I – A Salvação Pela Fé). A fé que gera salvação é aquela que nos leva a adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.24); é aquela que com a boca confessa a Jesus como Senhor e com o coração crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos; é aquela que com o coração crê para a justiça e com a boca confessa para a salvação (Rm 10.9,10).

Os demônios não são firmados na verdade. Eles são homicidas e mentirosos desde o princípio (Jo 8.44). Então tudo o que vem dos demônios são coisas não confiáveis. Assim, a sua adoração, a sua obediência e a sua sujeição ao Senhor não são confiáveis e nem verdadeiras. À medida que nós procedemos da mesma forma, enganamos a nós mesmos pensando que estamos agradando a Deus quando, na realidade, estamos agradando ao Diabo. Deste modo, não seremos herdeiros das coisas celestiais.

COMO DEVE SER A NOSSA FÉ?

A nossa fé deve ser pura, verdadeira, centrada em Cristo e no seu ensino. Necessitamos caminhar com sentimentos sinceros em nosso coração, amando a Deus sobre todas as coisas, amando ao próximo como a nós mesmos. Fazendo com que a nossa vida seja para a glorificação do nome do Senhor. Devemos promover a paz, a verdade, a justiça e o amor, não como os Fariseus promoviam (Mt 5.20), mortos que eram pela letra da lei, mas realizarmos uma promoção firmada no amor de Deus para a salvação e recuperação de vidas que se perdem.

Toda vez que agirmos contra o querer de Deus, contra os seus desígnios e contra aquilo que foi estabelecido por Ele, estaremos agradando ao maligno e estabelecendo a sua vontade que é a morte, o roubo e a destruição (Jo 10.10).

Quando somos do Senhor, além do Espírito testificar sobre isso (Rm 8.16), temos uma alegre submissão a Deus e um imenso prazer em realizar a sua vontade, a fim de promover o Reino de Deus e a sua justiça.

CONSIDERAÇÃO FINAL

Com as colocações acima, quero despertá-los para um cristianismo real, autêntico e sem “papo-furado”. Entendo que há muito trabalho a ser feito, há muita gente para ser ganha para o Reino e não podemos ficar nos perdendo em questões que há muito tempo deveriam estar resolvidas em nossas vidas, como exemplo: servir ao Senhor com alegria, de forma altruísta, onde os interesses de Deus e do Reino e a necessidade do outro assumem aspectos mais importantes em nossa linha de ação, do que os interesses pessoais e egoístas. Vivamos para Deus.

Rev. JC Peres

quarta-feira, 4 de maio de 2011

UNÇÃO DE VENCEDOR

O texto a seguir se refere ao final da Campanha do Salário que foi desenvolvida na IM em Tucuruvi. Foram dias abençoadíssimos, contamos com a presença de diversos pastores/a que puderam falar aos nossos corações de forma contundente e desafiadora. Em cada sermão que ouvimos sentíamos Deus ministrando ao nosso espírito. Ao final da Campanha a proposta era a de sermos ungidos como vencedores sobre todo e qualquer espírito consumista e que aprendêssemos a investir na missão de Deus. Creio que os resultados foram plenamente satisfatórios.

Assim, compartilho com os irmãos a prédica feita no último domingo:

Texto:

“Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá” – 1Sm 16.13

Introdução

A Palavra de Deus nos ensina que fomos escolhidos por Deus antes da fundação do mundo (Ef 1.4-5), para sermos santos e irrepreensíveis e também, para sermos filhos de Deus. Esta é a melhor vitória que alguém pode ter. Isto é, para mim, sermos vencedores. E nós o seremos para honrar e glorificar o nosso Deus, deixando que Ele cumpra em nós o seu divino desejo.

Davi foi ungido e do dia de sua unção em diante o Espírito do Senhor se apoderou dele e o tornou vencedor, como nos revela a sua história, tornou-se o homem segundo o coração de Deus (1Sm 13.14). Que também nós possamos ser conforme o que Deus quer que sejamos: santos, irrepreensíveis e filhos de Deus.

Vitórias de Davi:

1. Matou um leão e um urso (1Sm 17.34-35);

34 Então disse Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; e quando vinha um leão e um urso, e tomava uma ovelha do rebanho, 35 Eu saía após ele e o feria, e livrava-a da sua boca; e, quando ele se levantava contra mim, lançava-lhe mão da barba, e o feria e o matava.

2. Matou o gigante (1Sm 17.50-51);

50 Assim Davi prevaleceu contra o filisteu, com uma funda e com uma pedra, e feriu o filisteu, e o matou; sem que Davi tivesse uma espada na mão. 51 Por isso correu Davi, e pôs-se em pé sobre o filisteu, e tomou a sua espada, e tirou-a da bainha, e o matou, e lhe cortou com ela a cabeça; vendo então os filisteus, que o seu herói era morto, fugiram.

3. Outras mais podem ser encontradas nos livros de 1 e 2 Sm.

Como canta a Pra. Cassiane, “com Cristo é vencer ou vencer”. Nossa própria tradição (Hino 304 – Hinário Evangélico, 2ª. estrofe) como povo de Deus nos ensina que existem vitórias para aqueles a quem Deus escolhe e aos que reagem favoravelmente a sua escolha. Há vitórias do Senhor reservadas a nós, como a de 1Co 15.54, e, em nome de Jesus Cristo, vamos alcançá-las todas. Acredito que a melhor delas nós já conquistamos que é a de ser feito filho de Deus. Aquelas vitórias que vêm como herança da filiação recebida nós não vamos perdê-la. Deus seja louvado!

Reação que as vitórias de Davi provocaram no povo:

1. As mulheres do povo o admiram e cantam sua vitória (1Sm 18.7);

E as mulheres dançando e cantando se respondiam umas às outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém, Davi os seus dez milhares

2. Homens se juntam a ele para a luta (1Sm 20.11ss; e 27.2).

Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: O SENHOR o requeira da mão dos inimigos de Davi – 1Sm 20.16;

Então Davi se levantou, e passou, com os seiscentos homens que com ele estavam, a Aquis, filho de Maoque, rei de Gate – 1Sm 27.2.

3. Outros mais que se uniram a Davi podem ser encontrados em 1Cr 12.

Durante todo o meu tempo de vida, descobri que as pessoas gostam de ver e de estar ligada a gente vencedora. Elas ficam eufóricas quando estão perto delas. Querem ser fotografadas ao seu lado. Os poetas escrevem sobre elas e cantores cantam a sua história. A própria história secular é escrita a partir da visão dos vencedores.
Entenda, ninguém gosta de se unir a perdedores. Por exemplo, quando você quer abrir um negócio e necessita de um sócio, quem você procura? Lógico que é alguém que tenha dinheiro e seja bem sucedido, de preferência. Ou ainda, quando alguém lhe procura e diz: - “Empresta-me R$ 1.000,00 (mil reais) que eu lhe pago daqui a um mês com 20% de juros”. Além de você ficar desconfiado, com certeza, tendo o dinheiro, prefere deixá-lo aplicado em um Banco. Dá mais segurança, pois o Banco tem garantias e o endividado que precisa do dinheiro emprestado não tem garantia nenhuma.

Ao Davi se uniram homens valentes por ser ele um Rei vencedor e eles também queriam conquistar vitórias. Os homens que se uniram a Davi, apesar de valentes estavam cansados de serem perdedores, pois, a maioria deles, eram os rejeitados de Israel.
Davi era também um homem generoso e cumpridor de suas alianças como nos revela a sua história com Mefibosete filho de Jônatas (2Sm 4.4; 7.6ss; e 9.10).
Assim, devemos ser, como o Rei Davi, vencedores.

Considerações

Ao recebermos a unção que, pela fé, tomemos posse da vitória e creiamos que somos vencedores. Que o exemplo de Davi nos inspire a confiar em Deus e não naquilo que o dinheiro pode nos dar, como aprendemos durante todo o mês da campanha. Que façamos do Senhor o verdadeiro Deus sobre nossas vidas.

Ao vivermos como vitoriosos, certamente pessoas procurarão o nosso favor e vão querer se colocar como companheiras em nossa caminhada. Sejamos então generosos e bondosos como convém a homens de Deus.

Vivamos conforme o propósito de Deus para nossa vida: Sermos mais do que vencedores (Rm 8.37).

Rev. JC Peres